Alguns dos nossos leitores nos perguntaram sobre a ciclovia da Avenida Carlos Caldeira, então resolvemos fazer a análise dela aqui no blog do Bike Zona Sul! Dos 174 km de ciclovias prometidos pela gestão Bruno Covas (PSDB), apenas 3 serão implantadas fora do Centro-Sul: a Av. Carlos Caldeira, a Rua Itapaiúna e um trecho da Rua Miguel Yunes.

A continuação da ciclovia da Av. Carlos Caldeira vai conectar as ciclofaixas existentes na Carlos Caldeira/Rua Padre José de Jambeiro, nos bairros do Jardim Catanduva/Jardim Olinda/Parque Regina e o Terminal João Dias/Estação Giovanni Gronchi.


Infelizmente não recebemos o projeto completo, porém pelas imagens acima é possível perceber que será uma ciclovia elevada no canteiro central.
Detalhes sobre as rampas para acessar a ciclovia, as grades de proteção e a sinalização nas travessias.
O projeto parece interessante, apesar de questionarmos se são necessárias tantas grades já que a ciclovia estará separada das faixas de rolamento por ser mais alta. As grades podem ajudar a proteger os ciclistas das invasões, mas ao mesmo tempo impedem que ciclistas acessem a ciclovia fora dos cruzamentos, o que pode fazer com que muitos ciclistas tenham que circular nas faixas normais para acessar ruas onde não houver travessias de ciclistas. Sem as grades, eles poderiam atravessar a avenida em qualquer ponto para acessar a ciclovia.
Novamente, a CET peca por não instalar placas educativas para motoristas avisando sobre a preferência de ciclistas e pedestres sobre demais veículos, além de prever poucas travessias para acessar a ciclovia que será construída.
Outro incômodo é que a nova ciclovia ainda não vai se conectar com ciclovias existentes/previstas na região:

Nos círculos laranjas temos:
- Ciclofaixas da Vila Andrade/Vila Sônia e Juarez Távora, que começam na Av. Giovanni Gronchi (Morumbi) e vão até a ciclovia da Av. Eliseu de Almeida, na Zona Oeste.
- Terminal João Dias/Estação Giovanni Gronchi, onde a nova ciclovia da Av. Carlos Caldeira vai acabar.
- Futura ciclovia entre a ciclofaixa da Av. Hebe Camargo e a ciclovia da Ponte Laguna, que se conecta com a Margem Oeste da Ciclovia Rio Pinheiros e a ciclovia da Av. Chucri Zaidan.
- Acesso popular para a Ciclovia Rio Pinheiros pela ponte que vai do Terminal à Marginal (sentido Villa-Lobos), que permite ir para as ciclovias da Margem Oeste e da Margem leste.
Em azul marinho nós marcamos as rotas que já são utilizadas por ciclistas mas que a Prefeitura ainda não fará ciclovias, mas esperamos que sejam feitas ciclovias nessas ruas…
Como comentamos no início, infelizmente em 2020 a Prefeitura fará pouquíssimas ciclovias fora do Centro-Sul.. No mapa de Infraestrutura Cicloviária da CET é possível ver que praticamente todas novas estruturas estarão nas regiões da Vila Mariana, Cursino e Ipiranga. Somos a favor de ciclovias nessas regiões, porém precisamos de mais ciclovias no Extremo Sul!
Infelizmente a gestão Doria-Covas demorou muito para perceber a importância das ciclovias para a nossa cidade e fará somente 174 km, o que é muito pouco perto dos mais de 17.000 km de vias que existem… Precisamos de mais ciclovias em toda cidade, é por isso que o Bike Zona Sul e os outros coletivos regionais vão continuar pressionando a Prefeitura!
(Equipe Bike Zona Sul: Kristofer Willy, Paulo Alves e Thomas Wang)
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