No dia 11/05 a CPTM publicou uma notícia sobre obras na Ciclovia Rio Pinheiros, o que parecia ser algo bom. Mas as ‘obras’ anunciadas pela CPTM não eram nada além de corte de grama e limpeza dos banheiros existentes ao longo da ciclovia. A única obra além disso é a retirada do acesso na Ponte Cidade Jardim, na Margem Leste.
A ciclovia permanece fechada, o que obriga trabalhadores das zonas Sul e Oeste a buscarem outros caminhos, muitas vezes sem ciclovia e se arriscando no meio dos carros. Enquanto cidades no mundo todo estão implantando ciclofaixas emergenciais e acelerando obras de ciclovias, a CPTM fechou a Ciclovia Rio Pinheiros e a Prefeitura continua enrolando as obras do Plano Cicloviário 2020.
A mesma notícia diz: A CPTM e a Farah Service firmaram parceria, por meio de contrato de doação, para gestão administrativa e financeira da Ciclofaixa Rio Pinheiros pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses, podendo ser renovada até 60 (sessenta) meses. A iniciativa vai trazer uma economia de R$ 5,4 milhões para a CPTM.
Cabe à Farah Service, que há 33 anos atua na revitalização de áreas públicas urbanas, a manutenção, sinalização, limpeza e jardinagem dos 21,5 km de ciclofaixa. Os ciclistas também vão se beneficiar com comunicação visual e sinalização da ciclovia mais moderna, kit de primeiros socorros, nova pintura e com a manutenção e pequenos reparos na via, dos seis pontos de apoio, gradis, pinturas, áreas verdes e jardinagem, itens de higiene (para os banheiros dos pontos de apoio), limpeza e coleta de resíduos.
Todas responsabilidades da Farah Service são básicas, como fazer a manutenção da pintura, limpeza, jardinagem e tampar buracos no piso.
Incomoda bastante que a concessão feita recentemente não tenha sido debatida com os ciclistas que utilizam a ciclovia, além de não levar em consideração os dois maiores problemas da Ciclovia Rio Pinheiros: a falta de acessos e a falta de segurança.

Um novo acesso poderia ter sido feito no Parque Villa-Lobos, cujos materiais estão enferrujando desde agosto/2019 e não tem previsão de instalação! Enquanto isso, a ciclovia permanece com somente 7 acessos:
- Rua Miguel Yunes, entre as estações Jurubatuba e Autódromo
- Estação Jurubatuba
- Passarela da EMAE, junto à estação Vila Olímpia
- Estação Santo Amaro
- Ciclo passarela Parque do Povo
- Escada da Ponte Cidade Jardim (que serão retiradas!)
- Ponte Cidade Universitária

Em 2016 foram aprovados acessos que devem ser construídos na Ponte Eusébio Matoso e estação Berrini. Esses acessos são de responsabilidade da Operação Urbana Faria Lima, que fica atrasando os cronogramas, agora previstos para 2022 e 2023, respectivamente.
Além disso, parte da ciclovia está fechada entre as estações Vila Olímpia e Granja Julieta desde novembro/2011, quando a previsão de reabertura era de 2 anos (e já passaram 9 anos!). As obras da Linha 17 Ouro não tem data para acabar devido aos problemas do Governo do Estado na Justiça, então é provável que a interrupção nesse trecho dure vários anos….


É muito importante que sejam construídos os acessos prometidos e que o trecho interditado seja reaberto. Nosso sonho é que as duas margens tenham ciclovias acessíveis por toda extensão, mas infelizmente não é algo que nossos governantes estão dispostos a fazer… Apesar da necessidade ser clara, inclusive para desafogar o trânsito e diminuir a lotação nos trens, mas os nossos governantes estão ignorando e enrolando essas melhorias…
(Equipes Bike Zona Sul, Bike Zona Oeste e Bike Zona Leste: Felipe Claros, Paulo Alves, Sasha Hart e Thomas Wang / Colaborou: Avelino Rodrigues)
#BikeZonaSul #VaiTerCiclovia #CicloviasSalvamVidas
#CidadesParaPessoas #SãoPauloPrasPessoas#Mobilidade #Bicicleta #Transporte #BikeFazBemAoComércio #Compartilhe
Siga o Bike Zona Sul nas redes sociais para ficar por dentro das ações e eventos do coletivo:
YouTube: www.youtube.com/bikezonasul
Instagram: www.instagram.com/bikezonasul
Twitter: www.twitter.com/bikezonasul
Strava: www.strava.com/athletes/bikezonasul
2 comentários em “A concessão da Ciclovia Rio Pinheiros e os problemas de sempre”